Acho que agora o tão falado fim da rede social que revolucionou a comunicação na Internet chegou. Não digo em relação à investimentos, interface web ou mudança de tráfego. Falo de código.
Recentemente eu ministrei mais um coding dojo. O assunto escolhido foi... Twitter! Twitter e python. O motivo era simplicidade de ambos. Fácil fazer, rápido pra colocar em produção e testar.
Até preparei meu curso de python twitter pra inglês:
http://prezi.com/phgt99r0-3fx/?utm_campaign=share&utm_medium=copy&rc=ex0share
Palestra pronto, público pronto, então foi hora de bota a mão na massa. Pra não começar com algo enfadonho, aproveitei o intervalo de almoço pra criar uma conta na rede do twitter, pra justamente fazer a aplicação e brincar. A conta foi criada sem problemas, mas na hora de criar a aplicação e mudar a permissão de leitura pra escrita...
Uma das coisas que adorava no Twitter era a facildade. Bastava criar uma conta e usar. Sem burocracia. Então começaram com confirmação de e-mail. Até aí era tranquilo. Criava um mail a mais em um dos meus domínios de Internet e continuava em frente.
Mas agora é preciso cadastrar telefone. Um número pra receber... SMS de confirmação? Até entendo a parte de aumentar a segurança pro usuário com autenticação em 2 passos, mas... complicou. Não tenho várias linhas de prépago pra ficar cadastrando a cada novo usuário que eu criar pra dar um curso ou coding dojo.
Sim... pra mim isso significa o começo do fim. Não são os números, não são os investidores, não é o mercado. É o uso. É o hacking. Esse era o diferencial para mim.
Minhas outras aplicações mais antigas ainda funcionam. Ainda. Mas não sei por quanto tempo. Posso simplesmente cadastrar meu celular? Até poderia, mas não tenho tanto interesse assim que o Twitter ou qualquer outra rede saiba meu celular.
Então é isso... continuarei usando mas... não tanto. Nem pra cursos. Nem pra coding dojos.
É hora de mudar pra outra rede.
Durante uma conversa na rede social Diaspora (tenho uma conta no joindiaspora.com), aceite um desafio de ficar 1 mês fora do FaceBook.
Qual o motivo da ausência? Segundo o desafio, era impossível de se ficar fora da rede, que a rede nos obrigava a estar lá. O desafio também incluia uma ausência conjunta do Whatsapp, mas essa foi fácil, pois já faz algum tempo que substitui pelo Telegram. Entre as maiores vantagens desse, além da tão falada criptografia e segurança (que não acredito muito, mas vá lá) tem o fato de funcionar como webapp em qualquer browser. Isso facilita em muito a vida e não entendo as pessoas continuando a usar o Whatsapp. É tão anos 2010.
Mas voltando ao contro do assunto, e falando mais da ausência do Facebook. Foi assim, sem mais nem menos. Sem aviso. Apenas parei de usar. Como estava num processo de recuperação do meu celular - que eu tinha brickado tentando instalar cyanogenmod, o que consegui depois - então não tinha o app do Facebook no celular. Restava somente via browser, o que bastou somente não acessar.
Mantive o acesso do Twitter e do Google+, afinal, segundo o desafio, eles não tinham a dominação do Facebook e não fariam diferença. E claro, continuei com o Diaspora.
No fim até que foi um bom desafio pois pude ficar fora do Facebook justo durante o período das eleições. Até onde tinha visto, a coisa tinha virado briga de torcida, então foi um lado bom.
No Twitter não foi muito diferente, mas ao contrário do Facebook, Google+ e Diaspora, dá pra usar um aplicativo cliente não oficial, e esses em geral permitem filtrar tipo de posts indesejados. Então foi só botar algumas palavras-chave pra me ver livre da briga de torcidas das eleições.
No Google+ eu nunca usei muito, nem o Diaspora, mas essa ausência também não me fez aumentar o uso. Aliás o pouco que entrei em ambas as redes, as eleições davam o tom. Um tom de lixo não reciclável, que fedia a racismo e difamação, de todos os lados. Achei melhor assistir mais o Netflix.
Eu mantive meus aplicativos enviando mensagens pra dentro do Facebook, como Flickr e RunKeeper, onde geralmente posto minhas fotos (quase sempre do tempo fechado e frio) e meus passeios de bike. Não sei se tiveram repercurssão ou não, acho que vou descobrir agora.
O que mudou na minha vida então depois desse 1 mês fora do Facebook? Na verdade foi mais de 1 mês. Foram 5 semanas, pois esperei passar o segundo turno das eleições e depois resolvi esperar passar o chororô de quem perdeu. Apenas uma pausa: acho que ambos os candidatos eram só mais do mesmo. Ganhar um ou outro não mudará em nada pra onde a coisa está se encaminhando no Brasil e a resposta será amarga. Voltando ao assunto, senti falta dos grupos. Eu já não sou muito usuário da timeline, que passava de vez em quando dando <like> em tudo, e depois mudava pros grupos. Os que mais gosto são:
Tem outros grupos que gosto de participar também, mas nem todos são abertos ou eu participo tanto. Também perdi contato com os amigos que ficaram no Brasil.
Ainda não entrei com tudo no Facebook, mas foram poucas mensagens em que fui citado (68) e algumas pessoas tentaram conversar comigo (5). Dessas conversas, 4 foram de assuntos técnicos, com Linux.
Ou seja, em pouco mais de 1 mês fora do Facebook, 5 semanas, perdi 35 dias. E só.