2014 começou muito bom para mim e com mudanças importantes. Nesse ano estou deixando de trabalhar com integração, o que significava mais instalação e adaptação de sistemas, pra trabalhar em desenvolvimento puro. Isso pra falar só da parte básica da mudança, pois ela também inclui uma mudança de país, com toda a carga de alterações que a envolvem: família, língua, o que fazer com o que ficou pra trás, vender, alugar, etc.
Mas tirando a parte do stress normal que é relativo a qualquer mudança, e por pior que possa parecer é sempre positivo, a mudança no ambiente de trabalho me colocou diretamente em projetos de software livre. E não somente livre, mas software de alta disponibilidade.
Estarei trabalhando junto com o framework do OpenSAF. Antes de perguntarem mais sobre o mesmo, eu não sei muito. Estou aprendendo, e aprendendo devagar, pois é um assunto muito extenso.
OpenSAF, ao contrários de outras soluções, é mais voltado para alta disponibilidade de aplicação, não de sistema operacional. A base, claro, é totalmente em Linux, e qualquer Linux (distro, quis dizer distro). Mas até onde vi, ele é mais voltado para Suse e RedHat, pois boa parte de seus pacotes está em RPM.
Falando em RPM, esse agora passou a fazer parte do meu dia à dia. Trabalho muito mais com criação de .SPEC para geração dos mesmos que pacotes .DEB. Mas faço isso em cima de um sistema Ubuntu :-)
Tenho aprendido bastante sobre LSB e como gerar um sistema dentro dos requisitos da mesma, o que não é fácil. Muito pacotes de software livre simplesmente dão crash por falta de alguma biblioteca mais atualizada ou mais genérica. Isso pra não falar dos #ifdef dos headers .h em C.
Eu já dei uma procurada sobre aplicativos ou sites que façam uso do OpenSAF, pra poder entender um pouco mais e verificar seu uso fora do ambiente de telecomunicações, e acabei descobrindo que a mediawiki faz uso.
https://www.mediawiki.org/wiki/User_Guideline_for_Trace_and_Log
Eu gostaria de achar mais exemplos de uso, já que é uma ferramenta de software livre e extremamente poderosa, mas infelizmente é difícil encontrar. Aparentemente não fui só eu que achei complexa a configuração dele. Apesar disso, o framework suporta código em java, C, C++, Python e Erlang, entre outros. Não que não tenha mais coisa, mas não apareceu ninguém pra fazer o port. Eu tenho trabalhado mais na parte de python do sistema, mas não o suficiente pra fazer um commit oficial. Não ainda. Mas espero em breve conseguir fazer isso. Espero...