Durante uma conversa na rede social Diaspora (tenho uma conta no joindiaspora.com), aceite um desafio de ficar 1 mês fora do FaceBook.
Qual o motivo da ausência? Segundo o desafio, era impossível de se ficar fora da rede, que a rede nos obrigava a estar lá. O desafio também incluia uma ausência conjunta do Whatsapp, mas essa foi fácil, pois já faz algum tempo que substitui pelo Telegram. Entre as maiores vantagens desse, além da tão falada criptografia e segurança (que não acredito muito, mas vá lá) tem o fato de funcionar como webapp em qualquer browser. Isso facilita em muito a vida e não entendo as pessoas continuando a usar o Whatsapp. É tão anos 2010.
Mas voltando ao contro do assunto, e falando mais da ausência do Facebook. Foi assim, sem mais nem menos. Sem aviso. Apenas parei de usar. Como estava num processo de recuperação do meu celular - que eu tinha brickado tentando instalar cyanogenmod, o que consegui depois - então não tinha o app do Facebook no celular. Restava somente via browser, o que bastou somente não acessar.
Mantive o acesso do Twitter e do Google+, afinal, segundo o desafio, eles não tinham a dominação do Facebook e não fariam diferença. E claro, continuei com o Diaspora.
No fim até que foi um bom desafio pois pude ficar fora do Facebook justo durante o período das eleições. Até onde tinha visto, a coisa tinha virado briga de torcida, então foi um lado bom.
No Twitter não foi muito diferente, mas ao contrário do Facebook, Google+ e Diaspora, dá pra usar um aplicativo cliente não oficial, e esses em geral permitem filtrar tipo de posts indesejados. Então foi só botar algumas palavras-chave pra me ver livre da briga de torcidas das eleições.
No Google+ eu nunca usei muito, nem o Diaspora, mas essa ausência também não me fez aumentar o uso. Aliás o pouco que entrei em ambas as redes, as eleições davam o tom. Um tom de lixo não reciclável, que fedia a racismo e difamação, de todos os lados. Achei melhor assistir mais o Netflix.
Eu mantive meus aplicativos enviando mensagens pra dentro do Facebook, como Flickr e RunKeeper, onde geralmente posto minhas fotos (quase sempre do tempo fechado e frio) e meus passeios de bike. Não sei se tiveram repercurssão ou não, acho que vou descobrir agora.
O que mudou na minha vida então depois desse 1 mês fora do Facebook? Na verdade foi mais de 1 mês. Foram 5 semanas, pois esperei passar o segundo turno das eleições e depois resolvi esperar passar o chororô de quem perdeu. Apenas uma pausa: acho que ambos os candidatos eram só mais do mesmo. Ganhar um ou outro não mudará em nada pra onde a coisa está se encaminhando no Brasil e a resposta será amarga. Voltando ao assunto, senti falta dos grupos. Eu já não sou muito usuário da timeline, que passava de vez em quando dando <like> em tudo, e depois mudava pros grupos. Os que mais gosto são:
Tem outros grupos que gosto de participar também, mas nem todos são abertos ou eu participo tanto. Também perdi contato com os amigos que ficaram no Brasil.
Ainda não entrei com tudo no Facebook, mas foram poucas mensagens em que fui citado (68) e algumas pessoas tentaram conversar comigo (5). Dessas conversas, 4 foram de assuntos técnicos, com Linux.
Ou seja, em pouco mais de 1 mês fora do Facebook, 5 semanas, perdi 35 dias. E só.
Pra celebrar mais um Halloween que chega (e que nesse ano celebro de verdade), um conto de terror. Conto? Terror? Não. Mais pra piada que eu tentei achar o original, mas... foi-se.
É sobre Jesus e o Diabo, numa competição de computadores. Existe a versão original, mas a adaptada, powered by Linux, é muito mais engraçada. Infelizmente essa eu não achei. Então peguei a original e dei "aquela ajustada" pra ficar coisa fina.
Divirtam-se e bom Halloween.
Jesus e Satã estavam tendo uma discussão sobre quem era o melhor em computação.
A discussão já ocorria fazia dias, e Deus já estava divinamente cansado de ouvir tanto mimimi. Então finalmente Deus disse "Ok, eu vou preparar uma competição de 2 horas e vou julgar quem é o melhor em computação".
Assim Santã e Jesus sentaram numa mesa pra competir. Satã rodando o último Windows 10 (pre-release), num laptop Aliewware, 21 polegadas, 98 GB de RAM, 2 TB de disco SSD, e 2 CPUs Intel Core i7. Jesus com seu velho laptop Dell, 14 polegadas, 32 MB de RAM e rodando Slackware. Sem interface gráfica.
Eles abriram seus editores de texto preferidos, Satã com o último Microsoft Word 2013 e Jesus com vi, e começaram a digitar. Satã digitou logo de cara 100 palavras, depois 1000, logo 10000, usando 10 dedos, algumas vezes até 15 dedos. Digitava como um louco alucinado. Jesus estava lá, catando o milho que Deus abençoou, usando um dedo de cada mão, no máximo. Tinha algo como 10 palavras digitadas.
Todos estavam ansioso pra ver a performance divina de Jesus, mas aparentemente ele não tinha feito nenhum curso de digitação.
Mas 10 minutos antes do tempo terminar, repentinamente uma luz piscou pelo céu, um trovão se fez ouvir, e uma chuva forte caiu e, claro, caiu a eletricidade também. Aparentemente ambos os laptops estavam sem bateria, uma certa providência divina.
Satã olhou sua tela negra e xingou alguma coisa numa palavra que somente o submundo poderia entender. E Jesus suspirou.
Após alguns minutos, a eletricidade finalmente voltou, e os computadores reiniciaram.
O computador de Satã não reiniciou. Ao invés disso apenas apresentou a famigerada BSOD, mostrando que algo havia se corrompido com o crash. Ele então começou a teclar freneticamente, quase quebrando o teclado, tentando fazer com que o sistema voltasse. Mas nada aconteceu. Apenas sua voz se ouvia, gritando e esbravejando "Se foi! Tudo se foi! Maldito sistema! Maldito! Alguém traga um DVD que preciso reinstalar o windows!"
Enquanto isso, Jesus calmamente aguardava o final do fsck. Quando isso aconteceu, um prompt de login do Linux apareceu. Ao entrar no sistema, Jesus pode ver que o texto, com suas 15 palavras digitadas no vi com muito custo, estavam lá.
Satã ao perceber isso, ficou irado. "Pare! Ele roubou! Com isso pode ter acontecido!?"
Então Deus, com um sorriso maroto e já declarando Jesus o vencedor, olhou de canto de olho e disse "só vi salva".