Foi um ano bastante parado aqui no site em relação a postagens. O único post que escrevi foi sobre Skyrim (e no momento estou tirando férias de fim de ano e estou jogando novamente).
Verdade seja dita que outras mídias sociais acabam roubando a atenção pela facilidade uso e de publicação (um dedo de distância por um app). Mas eu podia ter feito melhor, com certeza.
Ainda estou me recuperando de um burnout que tive em 2018 mas isso por si só não justifica essa lacuna aqui.
Por outro lado eu consegui aumentar minha participação em outros eventos, principalmente online. Aqui estão meus 2 vídeos durante a última PyCon Sweden:
Pode não parecer mas além de ter trabalhado na organização da conferência eu também fiz essa abertura marota no vídeos (que toca a musiquinha). Ficou bacana, não ficou?
Também tive a oportunidade de participar num evento 100% online sobre python chamado pyjamas (https://pyjamas.live). Como participo da organização da PyCon na Suécia eu realmente dedico pouco tempo pra eu mesmo apresentar alguma coisa. Mas dessa vez eu fiz um live coding de um bot pra telegram. Foi muito legal a experiência. E divertida.
Então basicamente isso é um resumo mais técnico do que foi meu ano de 2019.
Eu quase não publiquei nada aqui mas também comecei a mexer mais com go, que é uma linguagem bem legal de aprender e usar. É compilada e te dá bastante desempenho ao usar, mas tem um estilo de código mais fácil pra se escrever um programa que java por exemplo. A única coisa que às vezes me dá um nó na cabeça é que go usa a definição de tipo depois do nome da variável. E funciona de forma semelhante ao criar funções. Mas com o tempo a gente acaba acostumando (e depois apanha pra escrever algo em C, C++ ou mesmo Java).
Bom... é isso. E esse ano já coloquei como meta publicar mais por aqui.
Até o próximo post (e que não seja em 2021).
Estamos em maio de 2019 e até agora não escrevi nada por aqui. Um pouco por falta de tempo, mas a verdade é que a preguiça e procrastinação estão tomando conta de mim. Então resolvi fugir de assuntos mais técnicos e falar de dragões, de Skyrim.
Já jogou Skyrim? Não? Recomendo fortemente. É um jogo estilo RPG e longo, mas bem legal de jogar e não cansativo como Witcher 3 ou Fallout 3 e 4.
Antes de falar do jogo em si, vou descrever um pouco das plataformas. Plataformas? Sim! Adoro tanto o jogo que comprei pra consoles e pra PC.
Quem ganha? Não sei dize a resposta pois muito vai de gosto. Mas comparando alguns quesitos que sempre entram na discussão.
Esse foi o primeiro console que comprei o Skyrim. Em termos de custo foi o que paguei mais caro. Mas o motivo foi que comprei como 1 anos após o lançamento. O valor já era mais baixo que o preço de lançamento, mas foi muito mais caro que nas outras plataformas pelo fator de idade do jogo. Diferenças gráficas? Não percebi muita coisa. O jogo parece o mesmo. Mudança no roteiro do jogo? Não. Tudo segue do mesmo jeito, inclusive onde achar mais dinheiro ou relíquias. O único ponto que era chato no Xbox3 60 era a transição de telas quando entra ou sai de algum lugar como castelo ou caverna. O tempo era tão longo que eu podia checar o twitter, postar alguma coisa e a tela ainda não tinha carregado. Na época não me importei tanto mas hoje em dia é notável a lentidão pra carregar essas transições. E travamentos! Eventualmente o Xbox 360 dava uma travadinha pra nos lembrar que por mais que não fosse Windows, ainda era Microsoft.
Durante uma promoção de Black Friday acabei comprando um Playstation 4. Paguei 200 euros mas mesmo assim achei que foi caro demais pra um console que nada mais é que um upgrade do Playstation 3 (e sim, tenho também um Playstation 3, mas não tenho Skyrim nele). O que jogar? Sim! Skyrim. O valor já foi mais baixo que o que paguei pro Xbox 360 mas no pacote ainda vieram dois DLCs, o de Dawnguard que entram os vampiros no jogo e o Dragonborn que enfrenta outro como você, que absorve as almas dos dragões, mas tomou um rumo de vilão na vida (lado negro da força?).
Minha primeira decepção foram os gráficos. Esperava um baita upgrade em relação ao Xbox 360 mas no fim ficou a mesma coisa. Se sombreado ou efeito da água melhorou, eu realmente não percebi. A jogabilidade ficou exatamente a mesma, com baús, dinheiro e prêmios todos basicamente nos mesmos lugares. A transição de telas ficou bem mais rápida no Playstation 4 se comparado com Xbox 360.
Acabei fazendo um upgrade no meu PC e entre placa mãe nova, nova CPU, e mais memória, eu acabei adicionando um placa NVIDIA. Ao contrário dos consoles, PC é preciso passar a configuração pois cada um monta o que quiser. Minha configuração de PC é a seguinte:
Eu fiz o upgrade sem intenção de somente jogar mas de ter um PC pra fazer de tudo. A grande mudança que aconteceu foi o lançamento o Proton da Steam, que, baseado em Wine, permite rodar os jogos de Windows em Linux. Sobre o lançamento do Proton e estado atual da Steam sobre Linux com certeza não vou entrar em detalhes aqui, mas vale um outro artigo.
Agora descrevendo o Skyrim no PC. Com as configurações no máximo, ultra, tive problema de "stuttering", da imagem quebrando, sem fluidez. Mesmo diminuindo os efeitos pra médio não consegui resolver o problema. De longe a versão pra PC é a que tem mais bugs em relação aos outros. É bem comum atirar uma flecha em alguém na sua frente e... a flecha passar direto e acertar a parede. Fora erros de renderização de tela. Até agora não consigo entrar na água pois fica um borrão na tela e não vejo nada. Poderia dizer que são bugs do proton mas pela quantidade de gente reclamando em fóruns na Internet e rodando Windows, parece ser bug do jogo mesmo.
Agora ponto positivo: a imagem ficou melhor. Ah... ficou com um pouco mais de contraste, mas nada pra dizer que é muito melhor que console. Mas a transição de cenas... ficou um espetáculo. Entrar em um castelo leva coisa de 5 segundos. Isso sim foi algo a se elogiar.
Descrevi até o momento as plataformas mas não comentei nada do jogo. Talvez porque seja um jogo já antigo e dificilmente não se ouviu falar dele ou o jogou. Se esse é o seu caso, pode continuar lendo.
Skyrim é um jogo estilo RPG que lembra o modo de Fallout 3. Não é tão maçante quanto o Fallout 3 pra jogar, mas é um mundo aberto cheio de side quests que ajudam a melhorar seu desempenho no jogo. A história é que Skyrim repentimante se vê atacada por dragões. Ao ajudar a enfrentar um dos dragões, você se descobre herdeiro de um poder que absorve a alma do dragão abatido, um "Dragonborn" que será seu apelido durante o desenrolar do jogo. A estória toda é baseada em tentar vencer os dragões usando um "elder scroll" (velho pergaminho?). O jogo usa o sistema de gamefication, garantido bônus a cada etapa vencida, aumentando seu ranking, e dando possibilidade de desenvolver as habilidades que achar mais necessárias.
No início do jogo é preciso escolher um nome e um rosto para seu personagem. Eu já joguei com todos nomes possíveis e imagináveis: Stallman, Systemd, Milkshake, Jessica Jones, Querida, Ada, etc. E sim, joguei tanto com personagens do sexo masculino quanto feminino.
Há diferença entres os personagens ou sexo? Personagens do sexo feminino sofrem ataques constantes de chauvinismo. Escolha uma loira nordica de olhos azuis e todo guarda de todo lugar vai tentar te passar uma cantada, que não influencia em nada no jogo. Escolha uma Ork e todos dirão que sua cara está horrível. Do sexo masculino os comentários costumam ser mais genéricos. Mas entre as raças disponíveis, Ork, nórdico, bretão, khajiit (felinos), argoniano (lagartos), e elfos o resultado é praticamente o mesmo. Então seja feliz em montar alguém com a cara que gostar, inclusive com cicatrizes e pinturas de guerra, e comece a jogar sem preocupação no impacto que isso terá na estória do jogo.
Nota: boa parte do jogo você estará usando um capacete ou mesmo máscara, então não se preocupe muito em botar um cabelo muito maneiro ou um pintura fantástica.
Durante o desenrolar do jogo, é possível visualizar seu personagem em terceira pessoa ou em primeira pessoa, estilo FPS. Isso ajuda bastante na jogabilidade.
Entre as várias habilidades que pode evoluir ao longo do jogo, eu acabei sempre optando por "sneak" e "archery". Com ambas desenvolvidas, fica muito mais fácil esgueirar-se dentro de castelos ou cavernas e matar os inimigos com o mínimo de sangue derramado, principalmente o seu sangue. Já tentei ir com uma raça mais forte, como Ork, e entrar de peito aberto em lutas e melhorar a habilidade de armas de uma mão ou de ambas as mãos, mas o resultado é que você acaba morrendo a maior parte das vezes.
Outro detalhe: ao evoluir o uso do arco, você desenvolve o poder de dar um zoom no alvo e até mesmo ter um efeito de slow motion pra acertar. Então é um atributo bastante prático.
Entrar sorrateiramente é chave pro jogo todo. E um dos side quests que te ajuda nisso é a dos "thiefs guild".
Outra habilidade que também gosto de desenvolver é de mágicas, principalmente a de "conjuration". No meio de uma luta chamar um "astronarch" sempre ajuda, seja pra te defender ou seja pra roubar o foco do inimigo enquanto você ataca por trás.
Depois de jogar tanto eu já sempre sigo o mesmo roteiro. Aliás recentemente descobri que é possível fechar quase todos os side quests sem nem mesmo ativar o poder de Dragonborn, o que significa não visitar Whiterun e ir direto pras outras cidades pra iniciar os side quests.
O primeiro que sempre faço é da escola de magia em Winterhold. É um side quest com poucas missões e rapidamente é possível adquirir poderes mágicos. Ao terminar o side quest, você está na posição de archmage da escola, então ganha um quarto (o principal) onde fica fácil guardar tudo quanto for cacareco que for recolhendo ao longo do jogo.
Em seguida eu em geral sigo ou o side quest dos "thiefs guild" em Riften ou "dark brotherhood". Se for seguir a de ladrões, é preciso adquirir o poder de Dragonborn pra seguir até o fim.
O quest do "thiefs guild" termina por te conceder um roupa de nightingale, que é ótima pra jogar o restante no modo stealth.
O quest do "dark brotherhood" você assassina o imperador de Tamriel e permite desenvolver o ataque por trás com uma adaga. Vira um modo eficiente de eliminar qualquer inimigo, por mais forte que seja. No início do quest, é possível virar-se contra os "dark brotherhood" e daí o quest vira pra eliminar todos eles. Mas é muito mais legal virar um assassino. Não é todo jogo que a gente mata o imperador.
Esses com esses side quests terminados, seu poder de "sneak" já estará em 100%. Com isso todo o restante do jogo ficará bem mais fácil e simples.
Existem outros side quests relevantes? Existem vários side quests, mas relevantes mesmo são só esses 3. Outros te darão uma arma ou uma peça de roupa (capacete, armadura, etc), mas nenhum é tão completo como esses 3.
E a guerra? A estória desenvolve-se em meio a uma guerra entre império e rebeldes, liderados por Ulfric Stormcloack. É possível inclusive não escolher lado nenhum e seguir o jogo. Em determinado ponto um acordo de paz será feito na escola dos Greybeards pra enfrentar os dragões.
Minha opção? Eu acabei gostando mais de ajudar os rebeldes. As missões são mais interessantes. O lado legal é que a maioria dos Jarls, prefeitos das cidades, são trocados ao vencer a guerra. Mesmo o Jarl de Whiterun é deposto.
Acho o que tinha de descrever do jogo é isso. Espero que tenha animado a experimentar quem nunca jogou e tentar conquistar toda Skyrim. Boa diversão!