Logo que passei a usar o archlinux, que descrevi em A era do Arch Linux, descobri rapidamente que existe um repositório chamado AUR, ArchLinux User Repository.
O AUR é basicamente um respositório de repositórios com código fonte pra criar pacotes pro archlinux criado pros usuários. Não é preciso criar muito vínculo com o projeto e basta puxar seu pacote lá.
Em um desses dias, durante um upgrade com pacman, apareceu pra mim que um pacote python estava desatualizado, marcado como órfão. Então decidi arregaçar as mangas pra enviar um patch de atualização pro pacote.
Li a documentação de como gerar os pacotes no archlinux, que é muito, mas muito, muito fácil. O sistema é fácil pra descomplicar a vida. É praticamente um Makefile que você configura e bota pra rodar. E tudo é controlado com git.
Então meio que adotei o pacote e o tenho mantido atualizado desde então: https://aur.archlinux.org/packages/python-pytelegrambotapi
A desburocracia é imensa. Foi só clonar o repositório, alterar, testar e mandar um push com o update.
O lado ruim da coisa é que qualquer coisa pode ser enviada pra um desses repositórios. Não há verificação. Na verdade parte da ideia do AUR é essa mesmo: pouca burocracia, mas você é responsável pelo que usa. Então é por sua conta e risco pegar pacotes de lá e assume-se que deu uma boa olhada no PKGBUILD, que é a instrução de como o pacote é gerado. Pra esse pacote do pytelegrambotapi por exemplo o arquivo é esse aqui: https://aur.archlinux.org/cgit/aur.git/tree/PKGBUILD?h=python-pytelegrambotapi
Só de olhar esse arquivo dá pra perceber o porquê adotei o pacote AUR: é muito fácil manter. Muito.
Mais um ponto positivo pro archlinux.
E você? Ainda não migrou pra ele?