Written by: Helio Loureiro
Category: Blog
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E novamente as redes sociais mostram sua força.  Após a série de protestos no dia 18, onde até mesmo esse site ficou fora do ar, contra o SOPA, os políticos norte americanos resolveram voltar atrás e não mais apoiar a lei que iria acabar com a liberdade da Internet.

De minha parte, foi uma experiência de abstinência de Internet.  Passei o dia sem acessar mail, twitter, facebook, e quase qualquer dispositivo de rede.  Mas não fiquei sem mexer no computador, pois aproveitei pra fechar uns trabalhos pendentes (trabalho de casa de contabilidade, do MBA) e minha mãe pediu ajuda pra comprar umas passagens pra uma viagem de ônibus até o Rio de Janeiro, via site da empresa de ônibus.  E pedido de mãe a gente não nega.  Então minha abstinência foi mais em relação às redes sociais.

A imagem abaixo, que apareceu no FaceBook, ilustra bem a mudança de posicionamento dos políticos após o dia 18 de janeiro de 2012.

Tudo seria vitória, linda e maravilhosa, se não fosse o caso do Megaupload.  Megaupload é, ou era, um famoso site onde se hospedava dados para download.  Apesar da política do site, de não permitir pirataria, era comum encontrar links de filmes, músicas, vídeos e jogos que apontavam para esse site.  O truque era simples: quebrar o conteúdo em vários arquivos protegidos por senha.  Mas mesmo sendo contra pirataria, e atuando contra essa uma vez que detectada, o site foi fechado pelo FBI.  E o mais absurdo: seus donos foram presos na Nova Zelândia.

Então em teoria ganhamos contra o SOPA, que foi arquivado, mas na prática o mesmo já está sendo aplicado, sendo votado ou não.  É a mesma história da invasão americana no Iraque.  Quem não se lembra de que os EUA acusaram o Iraque de possuir armas de destruição em massa, e mesmo sendo votado contra qualquer intervenção naquele País, o EUA tomou a dianteira e o invadiu, sem nunca prestar contas nem encontrar nada de armas de destruição e massa?  E agora vemos a mesma manipulação maniqueísta americana em relação à Internet.  Para quem não percebeu ainda: estamos em perigo.